Nossa pesquisa de campo nos proporcionou entender melhor o que para nós parecia de certa forma exótico. Sabíamos da existência dos garotos de programa, mas não que seria possível traze-los para nosso familiar. A realidade é perceptível, mas às vezes ultrapassa os nossos olhos e impede que possamos abstrair com precedência o contexto social. Por mais que essa “profissão” seja atribuída valores (certo x errado) fruto de influência familiar, religiosa, do meio, o interessante de tudo foi perceber que os michês fazem parte de uma “cultura”, são estereotipados, caracterizados, possuem seus valores próprios e ideologias de vida. Nossa função como antropólogo é apenas analisar e questionar de maneira sutil, sem julgamentos, seus comportamentos, suas atitudes, sua vida social e profissional sem interferir no meio. E isso foi o que tentamos fazer, distanciar do nosso mundo para enxergar o do “outro”.
Agradecemos pela colaboração de todos!
Pâmela e Daniel